Os desafios do Compliance no uso da Inteligência Artificial: Os cuidados para Pequenas e Médias Empresas

Pesquisas apontam que o mercado tende à um aumento na implementação dos programas de compliance e a inteligência artificial pode se tornar uma ferramenta facilitadora. Entenda os cuidados necessários no uso da AI.

Por Aline Vicente Bóries

23/09/2024

É fato que o uso das ferramentas de inteligência artificial tem se tornado um facilitador e ao que parece é um caminho sem volta.

No mercado coorporativo o uso dessa tecnologia é um claro facilitador no processo de desenvolvimento e gerenciamento, inclusive nos processos de implementação dos programas de compliance e integridade coorporativa, porém, a ferramenta precisa ser usada com cautela.

Por mais que possa ser um caminho mais econômico, ainda é um risco substituir o elemento humano pela tecnologia. Isto porque automatizar o sistema de avaliação de riscos, por exemplo, pode auxiliar na identificação das variáveis, no entanto, é importante assegurar que a tecnologia esteja alinhada com as normas e regulamentos vigentes e aplicáveis em cada caso.

Outras etapas do processo de compliance, como a LGPD, se faz necessário um monitoramento no processo de coleta e manipulação de dados sensíveis, de modo à garantir que esse processo sejam realizadas de forma segura.

O sistema tecnológico por si só também é necessário que seja monitorado, de modo que seja possível “calibrar” ou realizar ajustes, bem como seja transparente para clientes e fornecedores, principal nas etapas de "due diligence".

Falar em compliance e não mencionar as etapas de treinamento e canal de denúncias seria um erro. Substituir o elemento humano nessas duas etapas pode ser crucial.

Embora parece situações básicas, muitas pequenas e médias empresas podem compreenderem os riscos. A economia financeira e de tempo que a automatização do processo gera, não afasta a interpretação de dados e a tomada de decisões dentro de um contexto ético que hoje só o elemento humano entrega.